segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MEU JEITO DE NÃO TER JEITO


Não ainda não sou a mulher que precisaria ser, não me vejo sempre usando regras para convencer que sou sempre forte, que nem temo a morte e que o mundo é o único que vejo passar por mim sem semelhança alguma. Que o mundo é o único que se parece a mim!
E que quem não se contradiz não se junte a mim. E quem falar sempre "verdades" pode passar por outra rua e quem me considerar louca, pode se achegar a mim. Tiro as mãos do meu bolso e vou te cumprimentar e se eu olhar meio de lado, não ligue é só meu jeito de olhar... E se eu não te cortejar da forma que gostaria: não ligue, é só meu jeito de não saber ter jeito... É só uma forma de não dar formas a mim, de não me denominar, de não me entender, de não te entender. De nunca estar certa, de estar sempre certa...
Autora: Adrianne Filber